
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso afirmou, durante debate do Fórum Econômico Mundial em Davos (Suiça), que é imperativo que a inteligência artificial sofra algum tipo de regulação diante do que chamou de “potencial risco para a democracia”.
Segundo o ministro, a campanha eleitoral nos Estados Unidos, que acontece neste ano, vai servir de teste para a disseminação das “deep fakes”: falsificações de áudio e vídeo com o intuito de atribuir frases a uma pessoa.
“Tem muitos riscos da Inteligência Artificial. A potencialidade de desinformação e do deep fake, porque a democracia é feita da participação esclarecida das pessoas.”
Ainda durante o Fórum, o ministro se encontrou com representantes do Youtube, Neal Mohan e o presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg, para debaterem sobre o tema desinformação.
Além do presidente do STF, o Brasil é representado pelos ministros Marina Silva do Meio Ambiente, Alexandre da Silveira de Minas e Energia e Nisia Trindade da Saúde. O presidente Lula e o ministro da Fazenda Haddad não participarão do encontro.
Ainda durante o debate, Barroso falou em democracia, segundo ele o Brasil deu um exemplo de superação das dificuldades. “Divergências e polarização sempre vão existir, mas o que eu acho que nós estamos, aos poucos resgatando, é a civilidade, a capacidade de as pessoas que pensam diferente, poderem sentar-se à mesma mesa sem se agredirem.”
O Fórum Econômico Mundial segue até a próxima sexta-feira (19). Entre as principais pautas do encontro está a preocupação com o meio ambiente. A ministra da pasta, Marina Silva falou sobre colocar preço na natureza. Mariana afirmou que “no G20, o Brasil vai trabalhar numa força-tarefa sobre serviços ecossistêmicos, a ideia é, de um pagamento para serviços fundamentais para o planeta,”concluiu.