14 de maio de 2025

Votorantim Cimentos tem aumento de receita líquida, volume de vendas e investimentos no 1º trimestre de 2025

A empresa registrou receita líquida global de R$ 5,6 bilhões, avanço de 1% na comparação com 2024. Crédito: Divulgação/Votorantim Cimentos

A Votorantim Cimentos, empresa de materiais de construção e soluções sustentáveis, encerrou o primeiro trimestre de 2025 com receita líquida global de R$ 5,6 bilhões, avanço de 1% na comparação, em moeda local (expurgando o efeito da variação cambial), com o mesmo período do ano passado.

O resultado é explicado pelo aumento no volume de vendas e diversificação geográfica, com demanda positiva no Brasil e Espanha e dinâmica de preços positiva na maioria dos países. No primeiro trimestre, as vendas globais de cimento da empresa somaram 7,7 milhões de toneladas, aumento de 2% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado atingiu R$ 598 milhões nos primeiros três meses de 2025, um arrefecimento de 14% em relação ao mesmo período de 2024 em moeda local, decorrente de impactos climáticos na América do Norte e cronograma de manutenções nas fábricas. A Margem EBITDA alcançou 11% no trimestre, redução de dois pontos percentuais em relação a 2024.

Já o lucro líquido foi negativo em R$ 325 milhões no primeiro trimestre de 2025 contra resultado positivo de R$ 17 milhões no mesmo período no ano passado. O resultado foi impactado pelo resultado operacional, a maior depreciação no período, principalmente devido ao aumento da base de ativos advindo dos investimentos recentes, variação cambial e revisão na vida útil de seus ativos imobilizados, além de impactos da conclusão da venda de ativos na Tunísia.

Adicionalmente, foi realizado o pagamento de dividendos extraordinário no mês de abril, no valor de R$ 683 milhões para o acionista majoritário.

A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, fechou o trimestre em 1,95x, aumento de 0,09x que o mesmo período de 2024, considerando apenas operações continuadas. O aumento da métrica foi decorrente de variação cambial e segue em conformidade com a política financeira da companhia e alinhada com os indicadores de grau de investimento.

No final do primeiro trimestre de 2025, a Votorantim Cimentos manteve uma sólida liquidez, com o montante em caixa e aplicações financeiras no valor de R$ 4,1 bilhões, o que permite que a companhia cumpra com as suas obrigações financeiras pelos próximos três anos.

“Encerramos o trimestre com avanço em receita líquida, devido ao aumento no volume de vendas e estratégia de diversificação geográfica. Nossa forte robustez financeira e disciplina na alocação de capital nos permitem navegar neste ambiente global volátil. Ao mesmo tempo, mantemos o foco no longo prazo com nosso programa de investimentos em expansão de capacidade, competitividade estrutural e aceleração de novos negócios”, afirma Osvaldo Ayres, CEO global da Votorantim Cimentos.

Os investimentos (Capex) da Votorantim Cimentos no primeiro trimestre do ano totalizaram R$ 548 milhões, um aumento de 35% em relação ao mesmo período de 2024. Esse aumento é explicado pela estratégia global de investimentos em modernização, competitividade estrutural e descarbonização. A companhia iniciou um investimento nas fábricas de Málaga e Alconera, na Espanha, para modernização dos fornos para recebimento de combustível alternativo, com o objetivo de aumentar a substituição térmica nas unidades, contribuindo para a redução de emissões de CO2.

No Brasil os destaques são os projetos de expansão de capacidade nas fábricas de Salto de Pirapora (SP) e Edealina (GO), que tem previsão de início da operação no segundo semestre de 2025 e primeiro trimestre de 2026, respectivamente.

Em abril, as agências de rating Moody’s e S&P Ratings reafirmaram a nota de crédito global da Votorantim Cimentos em “Baa3” e “BBB”, respectivamente, com perspectiva estável.

“A disciplina financeira da companhia é reafirmada pelos resultados em ratings com perfil de crédito de grau de investimento e pela oportunidade de emissão de dívida em baixos níveis de spread”, afirma Antonio Pelicano, CFO Global da Votorantim Cimentos.

Em maio de 2025, a Companhia emitiu a emissão de debêntures, não conversíveis em ações, em série única, nos termos da Resolução CVM n.º 160/2022, no montante total R$ 1 bilhão e com vencimento para 16 de abril de 2032, remuneradas a taxa DI+ 0,67% a.a.. A nova captação está alinhada à estratégia de gestão de dívida da Companhia, focada na redução de custo e ano alongamento do perfil da dívida.

Desempenho por região

No Brasil, a Votorantim Cimentos alcançou receita líquida de R$ 3,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, crescimento de 5% em comparação ao mesmo período de 2024. O EBITDA ajustado foi de R$ 427 milhões, arrefecimento de 17% em relação ao 1T24, explicado pelo cronograma de manutenção nas fábricas e item não recorrente que impactou positivamente o primeiro trimestre de 2024.

Na América do Norte, a receita líquida atingiu R$ 1,2 bilhão nos três primeiros meses do ano, redução de 9% em relação ao mesmo período de 2024 excluindo a variação cambial, resultado impactado pela desaceleração de mercado decorrente do inverno mais intenso, parcialmente mitigado pela dinâmica positiva de preços. O EBITDA ajustado da região foi negativo em R$ 136 milhões no período contra um resultado negativo de R$ 18 milhões no primeiro trimestre de 2024. O resultado foi impactado principalmente pelas condições mais rigorosas do inverno, além do cronograma de manutenção das fábricas.

Na Europa, Ásia e África, a receita líquida foi de R$ 869 milhões, um aumento de 2% no 1T25 em comparação ao 1T24 em moeda local, decorrente de melhores preços na Espanha e Turquia. O EBITDA ajustado na região foi de R$ 235 milhões no período, aumento de 33% em relação ao primeiro trimestre de 2024 em moeda local. O resultado operacional positivo decorrente da dinâmica de mercado positiva na Espanha e melhores margens em ambos os países. Em abril foi anunciada a conclusão da venda dos ativos da Tunísia. A venda dos ativos do Marrocos segue o curso normal da transação e aguarda o cumprimento de condições precedentes usuais para este tipo de operação.

Na América Latina, a receita líquida avançou 2% em moeda local no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2024, atingindo R$ 234 milhões, resultado de melhores volumes de vendas e preços na Bolívia. Essa melhora de vendas refletiu também no EBITDA ajustado de R$ 39 milhões no 1T25, aumento de 6% sobre o 1T24 excluindo o efeito de variação cambial.

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