
O preço da cesta básica, que envolve itens de alimentação, higiene pessoal e limpeza, teve um aumento de 11,54% em março deste ano em Sorocaba, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Segundo o levantamento feito pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso), os sorocabanos pagaram R$ 120,68 a mais no período analisado.
A pesquisa mostra que a cesta básica custava R$ 1.045,47 em março de 2024, valor que passou para R$ 1.165,15 no mesmo mês deste ano.
Na comparação entre fevereiro e março de 2025, o valor dos itens de necessidade básica teve um crescimento de 1,57%, passando de R$ 1.148,96 para R$ 1.166,15, ou seja, R$ 17,19 pagos a mais pelo consumidor. O aumento do preço da cesta básica em março de 2025 (1,57%) foi superior ao resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou elevação de 0,64%.
Os grupos de bens que compõem a cesta básica sorocabana apresentaram em março de 2025 as seguintes variações de preço em relação ao mês anterior: alimentação (1,59%), limpeza (0,84%) e higiene pessoal (0,88%).
Ovos e batata têm os maiores aumentos
Dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana, 24 deles apresentaram alta no preço em março de 2025. Entre os itens com as maiores altas estão: os ovos (16,26%), passando de R$ 11,87 a dúzia em fevereiro para R$ 13,80 a dúzia em março; a batata, segundo item com maior alta de preço (13,76%), passou de R$ 5,16/kg em fevereiro para R$ 5,87/kg em março; e o café, com um aumento de 10,04%, passando de R$ 28,89/un em fevereiro para R$ 31,79/un em março.
Entre os destaques das maiores altas, o ovo e o café continuam com tendência de elevação significativa nos preços, reflexo da diminuição da oferta devido a aspectos climáticos e ao aumento dos custos de fatores de produção desses itens, indica o levantamento. A batata, que havia se destacado pelas quedas de preço no início do ano, registrou uma elevação no preço médio em março. “As causas dessa alta precisam ser acompanhadas, pois não há indicações claras sobre o motivo do aumento neste mês”, informa a pesquisa.
Óleo de soja e achocolatado puxam o índice para baixo
Quanto às maiores quedas, destacam-se: o óleo de soja (-3,88%), passando de R$ 7,99/un em fevereiro para R$ 7,68/un em março; o achocolatado (-2,03%), que passou de R$ 9,34/un em fevereiro para R$ 9,15/un em março; o extrato de tomate (-1,74%), passando de R$ 8,06/un em fevereiro para R$ 7,92/un em março; a farinha de mandioca (-1,66%), de R$ 6,02/un em fevereiro para R$ 5,92/un em março; e o arroz (-1,51%), passando de R$ 31,17/un em fevereiro para R$ 30,70/un em março.
“Entre os itens com as maiores quedas de preço, o óleo de soja foi beneficiado pela safra recorde de soja, resultando em queda na cotação internacional do produto. O arroz também foi beneficiado por uma maior produção em sua safra, o que aumentou a oferta no mercado. No caso da carne bovina, item muito importante na composição do preço da cesta básica, apesar da queda do preço da carne de 1ª, a carne de 2ª teve aumento em seu preço, contribuindo para o aumento do valor da cesta básica”, considera o levantamento.