29 de abril de 2025

Pix Automático deve impulsionar a digitalização financeira

A nova modalidade de pagamento deve entrar em funcionamento em junho de 2025. Crédito: Freepik

O Pix Automático, nova funcionalidade do sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, promete revolucionar as transações recorrentes, oferecendo oportunidades significativas para empresas de diversos setores. A previsão do Banco Central é que a novidade deve estar disponível aos brasileiros em junho deste ano.

De acordo com o estudo da fintech Ebanx, a modalidade deverá movimentar US$ 30 bilhões em pagamentos de comércio eletrônico nos próximos dois anos.

Lançado no final de 2020 pelo Banco Central do Brasil, o Pix, rapidamente, tornou-se a forma de pagamento preferida dos brasileiros, ultrapassando cartões de crédito e débito e quase acabando com o uso do dinheiro. Apenas em 2024, foram movimentados inéditos R$ 26,5 trilhões, conforme o BC, representando um crescimento de 54% em relação aos R$ 17,2 trilhões registrados em 2023.

Agora, com o Pix Automático, será possível realizar cobranças programadas de maneira semelhante ao débito automático, eliminando burocracias e facilitando a gestão financeira das empresas e consumidores. Além disso, também será permitido que contas como mensalidade, assinaturas de serviços e outras despesas recorrentes sejam pagas sem a necessidade de autenticação manual a cada transação.

Digitalização financeira

Lígia Lopes, CEO da Teros, empresa especializada em automação inteligente de processos via Mundo Open, destaca que a digitalização financeira está em ritmo acelerado e que as empresas precisam estar preparadas para ampliar seus menus de pagamento desde já.

“Além do Pix Automático, outras soluções já podem ser adotadas, como o Pix Parcelado, que vem substituindo boletos parcelados, e o Débito Automático via Open Finance, que reduz a dependência de um único método de pagamento”, afirma. “Empresas que anteciparem essa adaptação estarão um passo à frente na retenção de clientes e na prevenção de rupturas de vendas”, complementa.

Segundo a CEO, para as empresas, o Pix Automático representa uma oportunidade estratégica. No varejo, por exemplo, a nova solução pode minimizar a inadimplência e agilizar processos, oferecendo maior previsibilidade de fluxo de caixa. No setor de fintechs e bancos digitais, o recurso amplia a gama de serviços oferecidos, aumentando a competitividade das instituições que o adotarem.

Já para serviços de streaming, isso pode ser um grande diferencial, como em academias, escolas, planos de saúde e diversos outros segmentos que dependem de pagamentos periódicos. A facilidade na adesão e na operação da nova modalidade pode estimular ainda mais a digitalização dos pagamentos no Brasil.

Junto a isso, Lopes conta que o Pix Automático reforça a consolidação do Open Finance no país, garantindo um ecossistema financeiro mais conectado e acessível. Para que a solução alcance todo seu potencial, será necessário que instituições financeiras adaptem suas infraestruturas e invistam na segurança das transações.

“Acompanhamos de perto as movimentações do Banco Central em relação ao Pix Automático e sabemos que a adaptação do ecossistema é essencial para o sucesso da iniciativa.Com o avanço da integração entre instituições, a solução tende a se tornar um grande facilitador para pagamentos no dia a dia das empresas e consumidores”, reforça a especialista.

Nos próximos meses, o mercado acompanhará as definições do Banco Central em relação ao cronograma de implementação do Pix Automático. Com expectativas altas e um cenário favorável à inovação nos meios de pagamento, a nova solução pode marcar mais um passo na transformação digital do setor financeiro brasileiro.

Notícia anterior

Curso gratuito de monitoria na propriedade de turismo rural está com inscrições abertas

Próxima notícia

Falta de recursos e mão de obra especializada são principais desafios do terceiro setor no Brasil

Veja também: