
Um dos pilares da balança comercial brasileira, o setor agropecuário fechou 2023 com superávit de 4,8% em comparação a 2022, um aumento de pouco mais de US$ 7,6 bilhões. Os dados, que representam um recorde no setor, são da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.
De acordo com os números apresentados, o agronegócio foi responsável por 49% das exportações brasileiras no ano passado. Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, 2023 foi um marco histórico para o setor. “O Brasil abriu 78 novos mercados, fortaleceu laços e liderou a exportação mundial em vários produtos,” destaca.
Em quantidade, as exportações brasileiras atingiram a marca de 193 milhões de toneladas em grãos, quantidade 24,3% maior quando comparada com as 155 milhões do ano anterior. Além do aumento na quantidade exportada de grãos em quase 40 milhões de toneladas, também houve expansão no volume exportado de outros produtos que registraram mais de US$ 1 bilhão em vendas externas: carnes (+5,4%), açúcar (+15,1%), sucos (+6,0%), frutas (+5,9%), couros e seus produtos (+19,7%).
Os setores exportadores que mais contribuíram nas vendas do agronegócio foram: complexo soja (+US$ 6,49 bilhões), complexo sucroalcooleiro (+US$ 4,60 bilhões), cereais, farinhas e preparações (+US$ 1,18 bilhão) e sucos (+US$ 447,41 milhões).
Dezembro/2023
As exportações brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$13,51 bilhões em dezembro de 2023, um valor US$2,34 bilhão superior na comparação com o mesmo mês de 2022, o que representou crescimento de 20,9%.
O resultado de dezembro, segundo indicam dados da SCRI/Mapa, foi fortemente influenciado pela elevação do volume embarcado, cujo índice subiu 28,9%, apesar da queda de 6,1% nos preços médios de exportação dos produtos do agronegócio brasileiro.
Um dos produtos com maior valor agregado é o farelo de soja. As vendas externas de farelo de soja subiram de US$559 milhões em dezembro de 2022 para US$1,0 bilhão em 2023, alta de 79,4%. O aumento do valor se dá, principalmente, em função do incremento do volume exportado, que cresceu 75,1%. União Europeia, Irã e Indonésia foram os maiores importadores do produto brasileiro.