30 de abril de 2025

Estudo aponta desafios para evitar queda de árvores na capital 

Um dos maiores problemas causados pelas chuvas nas grandes cidades e, principalmente, na capital, é a queda de árvores, que requer atenção especial, acima de tudo em época de chuvas intensas. Entre as principais causas de quedas estão: o estado da madeira; o estrangulamento da raiz pelas calçadas; e as podas, muitas vezes, drásticas e feitas por pessoas inexperientes.

A indicação vem de uma pesquisa recém-publicada pela revista Urban Foresty & Urban Greening. Os pesquisadores usaram como base os dados de 456 exemplares que caíram na área próxima a Praça da Sé, em São Paulo.

Outro destaque é que, só nos dias 8 e 9 de janeiro de 2024, durante as chuvas com ventos que chegaram aos 94Km/h, o Corpo de Bombeiros registrou cerca de 250 chamados por ocorrências de quedas de árvores na capital. 

Segundo o estudo, uma solução seria que as autoridades avaliassem detalhadamente o estado de cada árvore plantada. A pesquisa sugere, ainda, que os responsáveis, sejam empresas privadas, moradores e municípios, devem adotar práticas adequadas de poda. Além disso, é preciso garantir, de acordo com a publicação, espaço suficiente para o plantio e crescimento das raízes. 

“Como a região central tem características muito semelhantes às de outros distritos na capital, entendemos que os resultados da pesquisa podem ser aplicados na cidade toda. Acredito que só conseguiremos resolver o problema da queda de árvores, em São Paulo, se houver um trabalho conjunto entre academia, governo e setor privado”, diz o professor Giuliano Locosselli, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (Cena-USP).

Autor correspondente do estudo, Locosselli recebe apoio da FAPESP para pesquisar formas de otimizar os serviços ecossistêmicos das florestas urbanas visando mitigar os efeitos das mudanças climáticas e da poluição. Esses serviços, que compõem as soluções baseadas na natureza, incluem desde sequestro de carbono até a redução da temperatura e da poluição do ar.

Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da prefeitura, 42 ações do plano estão em andamento. “A execução das diretrizes destacadas na pesquisa está sendo efetuada mediante o desenvolvimento de novos procedimentos dentro da implementação das ações previstas no Plano Municipal de Arborização Urbana, com a adaptação dos fluxos rotineiros de vistoria e avaliação das árvores.

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